Uma das coisas mais desejadas hoje em dia são baterias que durem mais. Já ficamos bem satisfeitos quando achamos onde recarregar, seja em tomadas, seja em carregadores movidos à energia solar. Já imaginaram se alguém descobrisse como faze-las durar muito mais? E quando se fala em muito mais é muito mais mesmo!
Atualmente muitas das baterias usadas nos nossos equipamentos eletrônicos portáteis são de lítio. Elas armazenam o dobro de energia que uma bateria de hidreto metálico de níquel (ou NiMH) e três vezes mais que uma bateria de níquel cádmio (ou NiCd). Outra diferença da bateria de lítio é a ausência do efeito memória (não vicia), ou seja, não é preciso carregar a bateria até o total da capacidade e descarregar até o total mínimo, ao contrário da bateria de NiCd
Mas as baterias de lítio tem alguns problemas. Elas são facilmente corrompidas, inflamáveis e podem até explodir em altas temperaturas. (fonte wikipedia)
Em busca de uma forma de substituir o lítio líquido das baterias por uma opção mais sólida e segura, cientistas da Universidade da Califórnia, em Irvine, nos Estados Unidos, se dedicaram a testes com nanocabos para baterias, pois eles são milhares de vezes mais finos que o cabelo humano, altamente condutores, e contam com uma superfície ampla para o armazenamento e transferência de elétrons. O problema estava na fragilidade destes nano cabos, que não aguentavam a pressão de carga e descarga.
A pesquisadora e doutoranda Mya Le Thai experimentou colocar nestes delicados fios uma capa de gel, e assim descobriram que nanocabos de ouro recobertos com um gel de eletrólitos eram incrivelmente resistentes, permitindo que a bateria continuasse trabalhando de forma efetiva durante centenas de milhares de ciclos de carga, contra o máximo de 5 ou 7mil que as baterias atuais aguentam antes de morrerem.
Depois de submetida a 200 mil ciclos, a nova bateria só perdeu 5% da sua eficiência, o ouro dos filamentos a torna bem cara, mas já se fala em pesquisar o uso de outros materiais, como o níquel.
Ou seja, há uma possibilidade plausível de que em um futuro próximo possamos contar com baterias muito mais duradouras que as atuais, cuja vida útil, muitas vezes, já é maior que a do aparelho a que serve, como no caso dos celulares.
A pergunta é: haverá interesse em produzi-las?
